quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Enchente, por que ela ocorre?

O que é Enchente? Parece óbvio, mas se prestarmos atenção ao siginificado da palavra teremos, pelo menos, idéia do quanto nós interferimos na natureza. Vejamos: “Enchente ou cheia é, geralmente, uma situação natural de transbordamento de água do seu leito natural, qual seja, córregos, arroios, lagos, rios, mares e oceanos provocadas geralmente por chuvas intensas e contínuas. A ocorrência de enchentes é mais frequente em áreas mais ocupadas, quando os sistemas de drenagem passam a ter menor eficiência.”, ou seja, sistema de drenagem menos eficiente siginifica que o homem, sem planejar, constrói, almejando sempre o capital e seu conforto, obstruindo o curso NATURAL da água causando, então, a enchente.
Todo rio ou corpo d’água tem uma área em todo seu entorno que costuma inundar em determinadas épocas do ano ou quando há um índice de precipitação muito grande aumentando a vazão e causando um transbordamento.
Portanto, essas inundações, também chamadas de enchentes, são muito comuns e são fenômenos naturais que ocorrem em todos os corpos d’água.O problema é que com a construção de cidades à beira de rios, que não respeitam este limite natural de transbordamento, este fenômeno natural pode causar transtornos e até se tornar muito perigoso.
Outro fator que contribui para o agravamento das enchentes, principalmente nas grandes cidades, é o fato de que a maior parte do solo é impermeabilizada pelo asfalto e concreto, diminuindo a quantidade de água que poderia ser infiltrada e aumentando ainda mais a vazão dos corpos d’água.
Junta-se a isto, o fato de que a maioria da população das grandes cidades ainda joga lixo nas ruas entupindo os sistemas artificiais de escoamento projetados pelas prefeituras, e temos um quadro típico do período de chuvas no Brasil: dezenas de cidades alagadas e pessoas desabrigadas.
A questão é que uma vez instalada a cidade torna-se muito complexo sanar estes problemas. Uma cidade como São Paulo, por exemplo, que tem altos índices pluviométricos e ainda é a uma das maiores manchas urbanas do mundo, possui a maior parte de seu solo impermeabilizado, e ainda uma grande quantidade de pessoas de baixa renda que não possuem acesso às condições adequadas de destinação de seus resíduos. Tendo estes o destino quase sempre certo, de leitos de rios ou bueiros.
Ou seja, a questão das enchentes no Brasil, ou em qualquer lugar do mundo onde haja falta de planejamento, deixa de ser uma questão puramente ambiental (de condições de precipitação, ou vazão de corpos d’água) e passa a ser também, social, econômica, estrutural e até mesmo política.
Só este ano mais de 190 mil pessoas foram afetadas por enchentes apenas na região nordeste do país, tendo sido gastos mais de 540 milhões de reais.
Outro fator que agrava a situação das enchentes são as mudanças climáticas. Com o desequilíbrio do clima algumas regiões que possuíam um clima regular, permanecem a maior parte do ano sem receber chuva que, depois, cai de maneira torrencial causando as enchentes.
Em alguns lugares ainda, têm ocorrido enchentes pela necessidade de abertura repentina de vertedouros em determinadas barragens devido ao fato de estas se encontrarem acima do seu limite de armazenamento.


postado por CELTON ANTUNES

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Mais um vez Jd. Pantanal II a Missão

Mais um vez as nossas autoridades Prefeitura de São Paulo e o Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee) do Governo do Estado de São Paulo continuam com o descaso com os moradores da zona leste de Sp.

Moradores do Jardim Pantanal, zona leste de São Paulo, temem a repetição das enchentes do ano passado, quando várias casas da região passaram semanas alagadas.

Isso porque as comportas da barragem da Penha podem ser totalmente abertas a qualquer momento, depois das fortes chuvas que caíram sobre a capital durante à noite, elevando ao máximo o nível das represas da bacia do Tietê.

"A noite foi terrível, muita água entrou nas casas, mas a situação pode ficar realmente feia. Agora parou de chover, mas o rio continua subindo. É sinal de que eles estão soltando a água (da barragem da Penha)", segundo jornais uma das lideranças comunitárias do bairro, que inclui a Chácara 3 Meninas e o Jardim Romano, todos fortemente afetados pelas inundações.

O problema, é agravado pela exigência da prefeitura de que os moradores sejam transferidos para abrigos. Eles temem que suas casas sejam derrubadas durante a ausência, já que o bairro está nos planos de construção de um parque linear e é alvo de sucessivas ações para a retirada da população.

Ainda segundo moradores, a comunidade teme ser despejada à força de suas casas, para a construção do parque. Ela conta que a prefeitura já avisou que ainda em janeiro vai tentar fazer com que os moradores saiam voluntariamente, em troca da chamada bolsa-aluguel. "As autoridades estão dizendo para os moradores que, se não sairmos por bem, vai ter confusão."

O Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee), órgão do governo paulista que administra a Bacia do Alto Tietê, não atendem os reportes (mídia televisiva).

Caos e mortes

Até as 12h30 da terça-feira havia chegado a 13 o número de mortes causadas pelas fortes chuvas no estado de São Paulo. Só na região metropolitana foram seis mortes. Uma delas ocorreu na Avenida 9 de Julho, no centro da cidade, onde um pessoa foi arrastada pela enxurrada. A vítima chegou a ser socorrida na Santa Casa, mas não resistiu ao afogamento.

A Defesa Civil da cidade de São Paulo informou que 18 bairros estão em áreas consideradas em estado de atenção em razão de riscos de deslizamentos, afetando todas as regiões da capital paulista. Nesta manhã, de acordo com o Corpo de Bombeiros, a região metropolitana de São Paulo teve 61 pontos de alagamento e 12 desabamentos.

Outras cidades

Em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, cinco mulheres da mesma família foram soterradas após o deslizamento de uma residência. Os bombeiros resgataram o corpo de duas delas e as demais estavam desaparecidas. Duas pessoas foram socorridas no mesmo local.

Em Mauá, região do ABC paulista, as chuvas também causaram desmoronamentos. Três pessoas morreram soterradas enquanto outras duas foram resgatadas com ferimentos leves, informou o Corpo de Bombeiros.

O município turístico de Embu das Artes, na região metropolitana, registrou uma morte, e uma pessoa também morreu em Mogi das Cruzes, por afogamento.